Como são diferentes, os tipos de luto provocam efeitos também diferenciados nas pessoas que passam por eles. O que todos têm em comum é o fato de ser preciso saber como lidar com cada um de forma a não desenvolver algum distúrbio psicológico. Toda dor deve ser respeitada e a pessoa que sofre, acolhida. Vamos ver mais sobre este tema?
Perder alguém ou algo que se gosta muito ocasiona o luto. A morte de algum familiar, de um amigo chegado ou do animal de estimação causam tristeza. E, dependendo da situação, podemos perder o controle sobre nossos sentimentos e emoções.
Novas ocorrências em nossa vida, como a chegada da aposentadoria e passar por uma calamidade pública também propiciam alguns tipos de luto um pouco diferentes. Porém, todos os casos demandam aceitação e resiliência.
O que precisamos ter em mente é que aprender a gerenciar estes momentos na nossa cabeça e no coração é fundamental. Todas as fases do luto devem ser vivenciadas sim. Mas que tenhamos, também, o aprendizado sobre como seguir em frente, apesar dos pesares.
Conheça os tipos de luto existentes
Luto natural
Uma perda significativa desencadeia um processo natural que pode incluir a perda temporária de interesse pela vida. A pessoa tende a se isolar socialmente, já que o pensamento se volta quase que exclusivamente para a saudade e a tristeza que sente.
O cuidado aqui é não permitir que este período se prolongue demais e a dor acabe se tornando uma depressão. O luto natural deve ser vivenciado de forma individual. Lembrando que aceitação nada tem a ver com esquecer ou fingir que nada ocorreu.
Luto traumático
Há lutos que podem ser mais traumáticos que outros. Por exemplo, quando nos confrontamos com a morte de modo violento. Um assassinato de alguém da família, a morte devido à queda de um avião ou ter um familiar, vítima de um incêndio. Eventos traumáticos geram uma sensação de horror complexa de ser gerenciada.
Luto antecipatório
Entre os vários tipos de luto, este começa a partir de um fato que não necessariamente a morte em si. Mas algo que pode tê-la como consequência. O diagnóstico de uma doença grave, a viagem de um parente para uma região de conflito ou a previsão de um terremoto.
O processo de desespero impacta na consciência da pessoa e no modo de ela agir e se relacionar. O luto antecipatório requer que a pessoa aprenda a se adaptar a uma perspectiva negativa.
Luto adiado
Do outro lado da mesma moeda, temos o luto adiado. Este é definido pela ausência das reações naturais presentes entre a maioria dos indivíduos enlutados. Aqui, o ser humano não se dá a oportunidade de sofrer pela perda. E não expressa sentimento algum de pesar depois do falecimento de um ente querido.
Se adia a tristeza e se vai vivendo, mas depois de um tempo não é mais possível aguentar. E o luto adiado vem com ainda mais força do que fosse vivenciado antes e em companhia de outras pessoas que passaram pela mesma perda. Adiar a experiência significa alguns riscos, até mesmo de contrair certas doenças psíquicas como a ansiedade crônica.
Luto coletivo
Como o nome já diz, o luto coletivo é quando o processo é desencadeado por alguma coisa que impacta muita gente simultaneamente. Uma explosão como a que ocorreu recentemente em Beirute, no Líbano. Ou uma catástrofe como o derramamento de lama em Brumadinho (MG).
O sentimento de angústia e dor profundas abalam populações inteiras. Toda a comunidade é afetada pela prova da vulnerabilidade que todos temos diante do imprevisível.
Luto não reconhecido
Uma mulher perde um bebê ainda nos primeiros meses de gestação, um homem se divorcia da esposa ou um idoso vê seu cão morrer. Mas as pessoas que cercam esses indivíduos ignoram o fato por não entenderem o que estas perdas significam para suas vítimas.
O luto não reconhecido é muito sofrido porque é uma dor que se sente só. Não há espaço para quem sofreu a perda se expressar. Não há um ombro amigo e nem palavras de carinho e consolo.
Leia, agora, nosso artigo a respeito do luto e o aprendizado sobre o amor.