Uns mais jovens, outros com mais idade. O fato em comum é que todos, algum dia, vão ter que enfrentar a morte de um ente querido. E ai começa aquela fase conhecida por luto. Como administrar este período? O que fazer para minimizar a dor da perda e a ausência? Quando o luto termina? Vamos abordar todas estas questões tentando ajudar para que haja superação e a pessoa possa recomeçar a vida, transformando a dor em saudade.
O principal cuidado em situações de falecimento é não deixar que a dor da perda se torne uma doença. Se a tristeza profunda se alongar por muito tempo e impedir as atividades do dia a dia, como o trabalho, por exemplo, acende-se sinal de alerta. Isso pode causar uma depressão, mal que deve ser tratado por profissionais da área da saúde mental, como o psicólogo e/ou o médico psiquiatra, dependendo da gravidade do caso.
Recuperação e superação
É preciso aprender a lidar com a morte, de modo a enfrentar a perda, vivenciar o momento e se esforçar no caminho da recuperação. É esta busca pela superação que vai fazer toda a diferença entre o luto “normal” e o luto “patológico” ou “complicado”, como também é chamado por alguns especialistas.
O tipo de luto que uma pessoa enfrenta não é diferenciado pelo seu tempo de duração. Ou seja, cada indivíduo e cada situação promovem um luto por determinado tempo. Cada um tem seu ritmo na hora de passar pelo processo de elaboração da morte. São várias etapas: o contato com o ocorrido, a raiva, a compreensão, a aceitação e, enfim, a superação.
Estas etapas devem ser respeitadas para que a pessoa possa chegar na fase em que ela retoma a sua vida de maneira mais natural possível. Sem que esqueça o ser amado que partiu. Mas tendo aprendido a conviver com a ausência e a saudade.
Ajuda para recomeçar
Muitas vezes, as pessoas que estão em volta de quem perdeu um ente querido tendem a se desviar do assunto na tentativa de distrair e fazer disso um atalho para superação. Mas esta postura é um equívoco. Não falar do assunto e da pessoa que morreu não evita a dor para o enlutado.
O melhor é falar e deixar que a pessoa também fale sobre o fato em si, sobre as qualidades e defeitos, jeito de ser do ente que partiu, e – mais importante – sobre o significado desta pessoa na vida dela.
Quem perde um ente querido, principalmente um familiar próximo, como esposa, marido, filho(a), pai, mãe ou avós, por exemplo, quer falar e ser ouvido. É uma forma de garantir que os mortos queridos não serão esquecidos. E que sempre estarão presentes no coração e na doce lembrança por meio da saudade.
Estas conversas também são importantes porque evitam que os enlutados fujam do convívio social. Este afastamento só piora a dor e faz com que as pessoas se sintam mais sós ainda. Falar e trocar ideias sobre o luto abrevia o período mais difícil causado pela dor da perda.
Como lidar com a fase da raiva?
Por mais estranho que possa parecer, a raiva faz parte do processo de luto. Ao ter a notícia da morte, é comum que os familiares envolvidos tenham este sentimento. Por que eu? Isso não é justo! Eu não saberei viver sem ele(a)! Estes tipos de questionamentos e afirmações aparecem e precisam ser enfrentados e elaborados.
O que não pode é a raiva se prolongar muito. Quando a pessoa sente que tem um espaço para falar sobre essas questões e um interlocutor sensível e compreensivo, tudo se torna mais fácil. Ela mesma chega às respostas que procura e passa para a etapa da compreensão rumo à aceitação.
Os amigos, como vimos até aqui, são fundamentais para o enfrentamento do luto e superação. São eles que trazem luz, ouvem a pessoa enlutada e ajudam a administrar os sentimentos, dando o “gás” necessário para a retomada da vida normal e da felicidade.
Além de lidar com o luto, outro aspecto que facilita enfrentar o momento da morte é ter um plano de assistência funeral. Conheça agora as vantagens!