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Rituais de despedida: respeito e cuidado com quem perdeu um ente querido

Quando há o falecimento de um familiar ou amigo próximo, a dor e a tristeza se confundem. É muito doloroso perder quem se ama. E cabe a cada um dos que ficam lidar com o luto. Quem conhecia melhor o ente que parte sente um alívio ao respeitar os rituais de despedida.

Dependendo da fé religiosa, das crenças e valores de cada família, se opta de forma diferente na hora de cumprir algumas tarefas burocráticas, porém necessárias. Os rituais fúnebres variam e servem para acalmar os corações enlutados.

Seguindo à risca ou fazendo algumas adaptações, os rituais de despedida são antes de mais nada, uma homenagem carinhosa ao falecido. Veja agora como algumas das religiões agem no momento da partida e também o que mais você pode fazer em respeito à pessoa que você vai continuar amando.

Rituais de despedida

Orações no velório e missa de sétimo dia

No catolicismo, os rituais fúnebres passam pela presença de flores, velas, terço e orações. O velório, enterro do corpo ou cremação podem ser realizados no espaço físico que a família julgar mais adequado.

Um padre, diácono ou ministros conduzem a oração e benzem o corpo com água numa referência ao batismo. Depois de 7 dias, reza-se uma missa. O uso do preto simboliza a dor da perda. No protestantismo, são seguidos estes mesmos rituais. Porém, somente com flores. Saem de cena, os crucifixos e as velas.

Cânticos aos ancestrais

No candomblé, todos os rituais de despedida são realizados num único local. Primeiramente, há uma preparação para que o espírito do falecido deixe o corpo. Esta atividade é feita por um pai de santo.

Após este preparo, vem o velório similar ao do catolicismo. São cantadas algumas músicas pela comunidade presente. O objetivo é que os ancestrais da pessoa que morreu recebam o espírito.

Somente ao final deste encontro entre familiares, amigos e conhecidos, é feito o sepultamento. Se a morte for de uma mãe ou pai de santo, as cerimônias completas podem durar até sete dias.

Vestes brancas

Entre os judeus, a crença é de que a morte atinge a todos, sem distinção de sua riqueza em vida. Os rituais de despedida levam isso em conta. O corpo do falecido é lavado por membros da comunidade judaica para que volte purificado ao mesmo destino de onde veio.

A veste escolhida para o morto é branca e chamada de túnica. É comum entre os mais fundamentalistas, os familiares rasgarem suas roupas ou ao menos uma peça antes dos funerais. Como símbolo do luto por aquele que partiu. O mesmo vale para uma singela recepção na casa em que moram os familiares enlutados.

Outras formas de amor

Até aqui vimos o que acontece logo após o falecimento. Mas existem outras formas interessantes de homenagear quem morre e cultivar as melhores lembranças. Afinal, são elas que possibilitam seguir em frente.

Estar atento às suas emoções e necessidades é tão fundamental quanto acalmar e oferecer ajuda a quem também está sofrendo uma perda. Acolha, mas sem deixar de administrar seus próprios sentimentos.

Uma boa contribuição é um ombro amigo e um ouvido atento. Deixe a pessoa falar sobre o que está sentindo. E expresse sua compreensão evitando muitas perguntas e demonstrando empatia.

Quando recordamos as qualidades e as boas ações da pessoa que morre estamos a homenageando. Todos têm virtudes e defeitos e não nos cabe opiniões que nada contribuem para amenizar a dor.

Uma atitude carinhosa é reunir algumas recordações da pessoa falecida, organizando-as numa Caixa de Memórias específica para este fim. Vale colocar desde fotos e documentos até cartas e objetos pessoais.

Isso representa a crença de que a história de alguém não acaba após a morte. Os bons momentos não serão esquecidos e a trajetória da pessoa fica preservada num lugar especial do coração.

Leia, também, nosso artigo sobre o que fazer com as redes sociais após um falecimento!

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