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O processo de luto e seu impacto na saúde mental

Toda perda gera uma tristeza. O que muda é a profundidade da dor. No processo de luto, quando este tempo não é administrado da melhor forma possível, pode haver um grande impacto na saúde mental

Por isso, quem fica e tem sua vida virada de cabeça pra baixo devido à ausência de quem partiu deve estar atento a alguns aspectos. O desequilíbrio emocional, presente em todas as fases do processo de luto, permeia todo o organismo.

Efeitos na saúde mental

Os efeitos são grandes no corpo e na mente. Veja os mais comuns: 

  • Os sentimentos se confundem;
  • As crises de choro são constantes;
  • A rotina da pessoa é completamente alterada;
  • A fragilidade alcança até quem se pensa muito forte;
  • Se estabelece uma sensação de que a dor da perda e da separação não vai passar jamais.

Por conta disso, os cuidados devem se prolongar para que a pessoa realmente consiga transformar as dores em saudade e seguir em frente. A aceitação é uma das últimas etapas que envolvem o período de luto. É quando se aprende a conviver com a saudade e a ter, ao mesmo tempo, qualidade de vida

Viver um dia de cada vez nesta época é o maior desafio enfrentado por quem perde um ente querido, um familiar, um amigo muito próximo, um bebê durante a gestação (perda gestacional), um animal de estimação ou até mesmo um namorado. Afinal, o término de um relacionamento conjugal também pode ser seguido de um processo de luto.

O que fazer durante o processo de luto?

Para que as consequências negativas relacionadas à saúde mental sejam menores, o ideal é que a pessoa busque caminhos para retomar sua própria essência. Ela deve, por exemplo, fazer atividades que ajudem na reconstrução do “coração partido”. 

A Yoga e a meditação são alguns dos caminhos que possibilitam a lidar melhor com a situação. Até uma mudança completa no estilo de vida pode trazer efeitos positivos. E  quem acompanha esta jornada de sofrimento deve fazer o máximo para agir com carinho, acolhimento, respeito e empatia. Fatores que funcionam como santos remédios no período de luto.

Reuniões com grupos de apoio, sessões de terapia com psiquiatra (lembrando que somente este profissional é quem pode prescrever antidepressivos e ansiolíticos) ou psicólogo, atividade física regular, convívio com pessoas queridas que ofereçam ombro e ouvidos são outros exemplos do que fazer nestas ocasiões delicadas.  

A pessoa deve ficar atenta tanto aos sintomas físicos como falta ou excesso de apetite, aperto no peito, infecções frequentes, insônia, baixa resistência, taquicardias, fadiga extrema e problemas digestivos, quanto aos mentais. 

Já que os primeiros podem acarretar doenças graves e os emocionais podem se transformar em angústia, depressão, crises de ansiedade, falta de concentração e síndrome de pânico.  

Atenção redobrada pra perceber o quanto a tristeza profunda está durando 

É natural e importante que o processo de luto seja vivenciado em todas as suas fases. Mas com o passar do tempo, é necessários observar melhoras. Passado o choque inicial, é preciso elaborar o que se passou. 

Podem vir sentimentos de raiva, revolta, negação, culpa e arrependimento. Mas chega uma hora que o estresse causado pela perda e a solidão começam a diminuir. As mudanças no metabolismo se tornam mais brandas. 

A ordem com que tudo isso acontece e o tempo que demora variam caso a caso. Cada um vive os momentos de pesar de seu próprio modo. Afinal, até a morte, por exemplo, varia muito de circunstâncias. 

Pode ser súbita e mais trágica. Ou ser o final de uma longa doença que trouxe muito sofrimento a quem parte. E essas diferenças têm relação com a forma pela qual a questão é processada pelos que ficam.  

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