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Luto materno: O que é e como administrar

O luto materno costuma ser complexo e difícil de superar, independentemente se foi uma perda do filho bebê, criança, adolescente ou adulto. Não importa. Toda mãe se sente impotente diante da partida de um filho.

Perder o pai ou a mãe na velhice é um processo muito difícil também, mas segue a ordem natural da vida. Já perder um filho, seja lá qual for a causa e idade, foge de nossa compreensão, causa revolta e a dor é incomparável à qualquer outra.

No entanto, sempre é possível encontrar forças para se reerguer, pois a vida continua para você e sua família. O luto materno é uma questão de tempo, dividido em fases, em que o enlutado vai assimilando a perda. E buscando conforto com familiares e amigos, imprescindíveis no apoio.

Cada um vive de forma muito particular e específica seu período de luto que, para alguns, pode levar mais tempo. O luto é um processo que se inicia no momento da perda e segue com a elaboração do sofrimento e o retorno à vida normal.

Entenda cada fase do luto

Segundo a psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, pioneira no movimento dos estudos sobre a morte e o morrer, o luto, a tanatologia e os cuidados paliativos, as pessoas passam por 5 estágios ao longo do luto. estas etapas não são sequenciais e variam de uma pessoa para outra. Vamos conhecer cada uma destas fases.

Negação

É quando a mãe que sofreu a perda utiliza todos os seus recursos para afastar a realidade. Isso porque a dor é imensa a ponto de não ser suportada. Ela acredita que a perda do filho não aconteceu.

Nesta fase algumas pessoas tentam seguir a vida normalmente e quase não falam a respeito. Buscam se focar no trabalho ou outra atividade que ajude a racionalizar a situação. O ideal é que a mãe que estiver vivenciando o luto materno permita-se dar vazão aos sentimentos de tristeza ou solidão.

Raiva

Esse é o estágio da revolta, do ressentimento e de um sentimento de injustiça. As perguntas mais frequentes são: “por que isso está acontecendo comigo?”, “por que meu filho/a?”.

Alguns enlutados ficam mais agressivos ou até mesmo amargos, apresentando mais dificuldade para ouvir condolências ou conselhos. A raiva é extrapolada e direcionada a alguém, a Deus, ao falecido e até mesmo a si própria. Portanto, é importante respeitar o espaço desta mãe que está passando pela perda.

Negociação

O enlutado imagina cenários e começa a fazer, intimamente, acordos e negociações, com Deus, por exemplo, para que a perda não seja verdadeira. Ou para que tudo volte a ser como antes.

É uma forma de adiar os temores da situação. Nesse estágio é muito comum que a mãe queira voltar no tempo, na tentativa de encontrar um modo de impedir que o pior aconteça. Ou de reverter algo que já aconteceu.

O que está por trás da barganha é a culpa por acreditar que se poderia ter feito algo diferente. Por isso, é importante tirar esse peso do enlutado, para que ele não fique preso ao passado.

Depressão

É a fase em que as pessoas percebem que não têm o controle da situação e deixam aflorar os sentimentos de tristeza, desesperança, perda de sentido e medo. Também é um choque de realidade, porque a morte é inevitável.

Quem perdeu um filho ou filha querida acredita que essa dor e desânimo nunca vão passar. E que não será possível superar a situação. Para avaliar a gravidade desse momento, o ideal é procurar ajuda de profissionais da saúde: psicólogo e/ou psiquiatra. Esses especialistas podem orientar e acompanhar o enlutado nessa fase mais aguda.

Aceitação

Quando chegar a essa última etapa do processo de perda, a mãe pode encarar com mais serenidade e sem desespero a partida do filho ou filha. Sentimentos de dor e de vazio vão dando lugar para a saudade e lembranças boas por quem se foi.

No caso do luto materno, percebe-se a perpetuação carinhosa da memória do filho. É o momento em que a mãe começa a reagir de forma mais consciente, reorganiza sua vida, volta a pensar no futuro e aprende a conviver com a falta.

4 dicas para lidar com o luto materno

Desenvolvemos algumas orientações que podem ser utilizadas para ajudar as mães a superar o luto materno. Elas contribuem para que familiares e amigos possam apoiar a travessia por este momento tão difícil.

1. Luto materno: ampare a mãe enlutada

Seja você amigo ou membro da família de uma mãe que passou pela perda de um filho, saiba que você pode ampará-la nessa fase de extrema dor. É natural ter dificuldade de se aproximar e saber como ajudar.

No entanto, é preciso ficar perto e com toda empatia, delicadeza e carinho oferecer suporte, para que a pessoa perceba que não está sozinha nessa caminhada. E que tem com quem contar. Participar de uma rede de apoio é se colocar no lugar da mãe enlutada, demonstrando solidariedade e respeito aos seus sentimentos.

Sempre com acolhimento, ouça com atenção o desabafo da mãe, mas não interfira em seus sentimentos. Lembre-se que o acolhimento e o silêncio às vezes são mais eficazes do que palavras. Veja algumas atitudes positivas que podem ajudar no luto materno:

  • Deixe a mãe expressar sua dor;
  • Não a impedir de chorar e não exigir que ela seja forte;
  • Ser paciente com suas reações;
  • Coloque-se à disposição para ajudar no que for preciso, nem que for pra lavar uma louça;
  • Não fingir que nada aconteceu.

2. Incentive a troca de experiências com mães que já passaram pelo luto materno

A perda de um filho rompe com o equilíbrio familiar. Para retomar a vida após a perda, uma terapia bastante saudável é reunir as mães que precisam expressar seus sentimentos e experiências derivados do luto.

As mães enlutadas ao compartilharem suas histórias podem encontrar mais conforto e se apoiarem mutuamente. Essa é uma forma de cada mulher voltar a acreditar na sua capacidade de agir, de tocar o dia a dia ou de cuidar dos seus demais filhos, ressignificando a vida após a perda.

3. Sugira apoio e acompanhamento psicológico ou psiquiátrico

Em alguns casos, a ajuda de um profissional especializado para lidar com os sentimentos da mãe enlutada é fundamental. Isso porque o processo de luto é naturalmente lento e seus sintomas são muito parecidos com os da depressão, porém transitórios.

Se o tempo passa e essa mãe não consegue se recuperar, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico ajuda a mãe a voltar a seguir o curso da vida sem fazer com que sua dor evolua para transtornos mais graves.

4. Estimule a buscar atividades que ocupem o tempo

Ajude a mãe enlutada a construir novas rotinas, buscando diversificar as atividades de interesse que gerem satisfação e prazer. Por exemplo, realização de exercícios, prática de esportes, artes, viagens, leitura de livro, filme de cinema, etc.

Para algumas pessoas, a retomada das atividades pode ocorrer de forma mais rápida, como uma maneira de se conectar com outras pessoas e se ocupar de modo saudável. Mas há quem precise de mais tempo para isso. O importante é entender o tempo da mãe e suas limitações para que ela não se sinta culpada.

Conversar sobre luto com a família ainda é um tabu, é um tema difícil de ser digerido. No entanto, falar sobre o assunto de forma preventiva pode contribuir para que as pessoas se preparem e passem por esse momento com mais serenidade, conscientes que esse processo faz parte da vida de todo mundo.

Afinal, as boas lembranças ajudam as pessoas a construírem uma vida emocional mais saudável e a enfrentar momentos de luto pela perda de pessoas queridas.

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