Lidar com a morte de quem amamos e com todos os sentimentos que vêm à tona depois dela não é tarefa fácil. Muitos apostam que perder um ente querido é uma das maiores dores que teremos que enfrentar ao longo da vida. O Dia de Finados, celebrado em 02 de novembro, é uma oportunidade para refletirmos sobre este tema.
Origem do Dia de Finados
O 02 de novembro simboliza o legado das lembranças que temos de quem faleceu. Diversos rituais de despedida são realizados nesta data. Conforme a cultura de um povo, há alguns mais festivos. Outros são caracterizados pela reclusão.
Sempre houve o costume de se de rezar pelos mortos após o sepultamento. Mas o estabelecimento de uma data para celebrar os Finados ocorreu no ano 998. O 02 de novembro foi oficialmente instituído por um monge beneditino chamado Odilo de Cluny (962-1049).
Rezar pelas almas dos mortos foi uma ordem do monge aos clérigos de sua abadia que fazia parte da Ordem Beneditina. Depois, conforme o tempo foi passando, a tradição veio se popularizando e se espalhando pelo mundo a partir do século XII.
Período de luto: Cada caso é um caso
Para compreender a razão de termos o Dia de Finados no calendário, precisamos falar do processo do luto, período marcado por medo, dor profunda, desamparo e até mesmo desespero. Em comum, fica a saudade e o respeito por quem perdemos.
Tudo se torna um pouco mais fácil quando encaramos a morte como mais uma etapa natural e que faz parte da vida, por mais que seja um momento delicado. Quando aprendemos a conviver com as boas lembranças que quem partiu deixou, afeto, paz e serenidade tomam conta do nosso coração.
Cada pessoa tem um prazo específico para superar o luto. Depende das circunstâncias em que ocorreu a partida (depois de longa doença, acidente ou de uma hora para outra), do grau de parentesco e do tipo de relação que havia. Independentemente da situação, é importante respeitar o período do luto.
No Dia de Finados é hora de saudar a vida!
Em 02 de novembro, é comum muita gente fazer visitas aos cemitérios. Faz parte da tradição levar flores, fazer orações e, de alguma ou outra forma, saudar aqueles que já não estão mais conosco.
A fé e a crença das pessoas variam de religião para religião. Mas, o fato de as pessoas pensarem diferente sobre o que acontece depois da morte não impede que elas saúdem a vida nos Finados.
Caso você não tenha vontade de visitar cemitérios ou está passando por restrições devido à Pandemia do Cononavírus, há outras formas de homenagear os mortos. Veja sugestões:
- Ligue para alguém para recordar momentos felizes junto à pessoa amada que morreu. Isso conforta porque traz lembranças positivas;
- Mande recados para os amigos e familiares que também passaram por separações dolorosas. Gestos de empatia reconfortam nosso espírito;
- Leia a Bíblia ou outros livros que trazem palavras de sabedoria e lições de altruísmo. A leitura distrai e pode ser útil para desmistificar algumas questões;
- Honre a memória do seu familiar revisitando a caixa de memórias que você preparou com carinho depois da morte dele. Traz uma sensação boa porque demonstra que o falecido não caiu no esquecimento;
- Se você ainda não teve tempo e pretende ainda fazer uma caixa de memórias, o Dia de Finados é uma boa hora para isso. Separe fotos, bilhetes, cartas, objetos pessoais (um perfume, um lenço, uma aliança), documentos, etc. Guarde tudo em uma bonita caixa e a guarde em um lugar especial da sua casa;
- Veja filmes e séries. Algumas produções do cinema emocionam, trazem mensagens positivas, informações e pontos de vista que esclarecem dúvidas em torno do assunto;
- Cultive os bons momentos em vida. Desta maneira, quando a dor chegar, você estará melhor preparado. Procure ver a vida com otimismo e positividade. Semeie amor, paz e carinho. E não permita que manifestações de ódio contaminem sua positividade;
- Se seu ente querido foi cremado, uma forma de homenagem é visitar o lugar onde as cinzas foram jogadas. Se concentre nas dádivas do local, faça uma oração e a tranquilidade invadirá sua alma.
Que os falecidos descansem em paz! Leia, também, nosso artigo sobre cremação, a decisão é da família!