Os filmes, além de ser uma boa forma de entretenimento, também são, muitas vezes, um espelho de situações vivenciadas por nós. Por isso, podemos tirar algumas lições.
É o que acontece com o filme As Horas que, além de relatar a vida de três mulheres em épocas diferentes, faz com que o público entenda mais sobre depressão.
O filme conta, simultaneamente, a história de três mulheres vivendo o mesmo drama em épocas diferentes. Todas conectadas por um mesmo livro com o título Mrs. Dalloway. Aborda, ao mesmo tempo, a tristeza, a depressão e o suicídio, provocando diversas emoções e reflexões.
Filme As Horas
Nos anos 20, vemos Virginia Woolf, interpretada pela Nicole Kidman, que é a autora do livro ao redor do qual o filme gira. Ela está passando por uma crise de depressão e tem pensamentos suicidas.
Nos anos 40, aparece a dona de casa Laura Brown, vivida por Julianne Moore. Ao mesmo tempo em que ela planeja a comemoração do aniversário de seu marido, repensa como tem sido sua vida. E, em paralelo, faz a leitura do livro Mrs Dalloway.
Já nos dias atuais, a editora de livros nova iorquina Clarissa Vaugham dedica seus dias a cuidar de um amigo. Ela é apaixonada por ele que sofre de Aids, estando já no fim da vida.
Entenda mais sobre a depressão no filme
O filme apresenta a depressão, não somente como tristeza profunda, mas como a representação do conceito de doença psíquica. Uma depressão que bloqueia o pensamento criativo, que desperta insatisfação e morbidez e que leva a pensamentos suicidas. Tudo muito bem representado pelas três personagens.
A escritora Virginia Woolf não consegue desenvolver seu livro no decorrer do filme, devido à paralisação causada pela depressão, que bloqueia sua criatividade.
Já a típica dona de casa Laura Brown tem uma vida familiar bastante comum aos padrões americanos. Num cenário sem maiores conflitos, ela vive uma vida pacata, com seu marido, um também típico cidadão americano classe média.
Ele é bom marido, bom pai e bom trabalhador. Ela mecanicamente prepara uma festa de aniversário para este marido, com a ajuda do filho, que apesar de ser uma criança, consegue perceber o sofrimento presente na vida da mãe.
A depressão presente na vida de Laura a faz agir letargicamente, com olhar vazio e sem motivação.
Ao mesmo tempo em que Clarissa representa a mulher moderna com seus conflitos, apesar de aparentar uma vida relativamente normal, vive a depressão através da doença de seu amigo com Aids. Ele é justamente quem melhor expressa a depressão presente na vida destas três mulheres.
Épocas diferentes
O filme consegue mostrar como a doença, apesar de existir há muitos anos, vem se modificando de acordo com o passar do tempo. Na época de Virginia Woolf, quem sofria deste mal permanecia recluso em casa sob os cuidados de familiares e empregados, sem nenhum tipo de tratamento específico. Salvo os casos mais graves em que as vítimas eram internadas para serem vigiadas e evitar o suicídio.
Tempos mais tarde, em plena época pós-guerra, onde todos vivem felizes, o filme mostra a apatia e a tristeza de uma dona de casa que tem tudo para ser feliz e não consegue reconhecer sua doença. Muito menos entender que a depressão causa seu sofrimento.
A depressão é melhor entendida e reconhecida pela personagem Clarisse, que vive em um tempo em que a doença já é bastante difundida. Talvez essa identificação maior com a doença seja justamente o que a deixa mais próxima à morte.
Aprendizados
Neste filme fica claro que a depressão sempre existiu. E que, muito mais que tristeza, ela é uma doença que retira das pessoas a vontade de viver e desperta nelas o desejo da morte. Numa vida onde As Horas parecem uma eternidade.
Se você sente que tem depressão ou que alguma pessoa do seu relacionamento está passando por isso, dê a necessária atenção se informando e buscando ajuda profissional na medicina e na psicologia!
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